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Carnaval chegando,  fique atento sobre riscos de acidentes com crianças no trânsito

Carnaval chegando, fique atento sobre riscos de acidentes com crianças no trânsito

29 dias atrás


Hoje abordarei um assunto que me traz preocupação, como médica e como cidadã. Os acidentes de trânsito envolvendo a faixa etária pediátrica.

Tenho notado diariamente em meu percurso até Mauá, várias crianças sendo transportadas em bicicletas e motocicletas pelos seus pais e responsáveis, muitas vezes de modo perigoso e inadequado.

Fui verificar a legislação e esta refere que, apenas após os dez anos, elas podem transitar no banco traseiro da motocicleta ou congêneres e ainda, com proteção como capacete, botas e roupas adequadas.

Em relação às bicicletas, apesar de ser mais tolerante, requer cadeirinha dianteira ou traseira, com tamanho e resistência suficientes para proteger a criança, bem como capacete de tamanho e formas adequados para a criança. Ou seja, existe uma legislação para nortear pais e responsáveis nesse sentido.

Mas, infelizmente, não é o que se observa.

Outro dia, assisti de modo estarrecedor, uma criança de uns seis anos no banco de trás de uma “scooter” com o pai, que passara pelo corredor, em grande velocidade.

Na mesma semana, uma mãe com um bebê, 18 meses aparentemente, ambos em uma bicicleta. A criança com um capacete pesado e maior que sua cabeça, sem proteção das costas e cervical, chacoalhando o seguimento cefálico no percurso, ou seja, o cérebro ainda em desenvolvimento estava recebendo o impacto, devido o trajeto em terreno irregular.

Como Pediatra, fico associando isso a muitos problemas de ordem física e emocional, que podem advir de um evento como esses, ou até mesmo de um acidente.

Por isso, com o aumento do número de veículos, notoriamente motocicletas, o perigo só tende a aumentar, principalmente em datas festivas como o carnaval, que se aproxima. E as conseqüências, para uma família e, principalmente, para uma criança podem ser severas.

Entendo que as pessoas precisam locomover-se, mas colocar em risco uma criança é uma atitude repreensível. Aos pais cabe a proteção de seus filhos, isso é o mínimo que se deve fazer. Respeitem as leis de trânsito e ajudem as crianças a ultrapassarem a infância com segurança. É o mínimo que podemos desejar.

Dra. Marcia Aparecida Picolli – Médica Pediatra - Nutróloga e Hebiatra no CRSMCA-Mauá