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Carnaval chegando,  fique atento sobre riscos de acidentes com crianças no trânsito

Carnaval chegando, fique atento sobre riscos de acidentes com crianças no trânsito

1 mês atrás


Hoje abordarei um assunto que me traz preocupação, como médica e como cidadã. Os acidentes de trânsito envolvendo a faixa etária pediátrica.

Tenho notado diariamente em meu percurso até Mauá, várias crianças sendo transportadas em bicicletas e motocicletas pelos seus pais e responsáveis, muitas vezes de modo perigoso e inadequado.

Fui verificar a legislação e esta refere que, apenas após os dez anos, elas podem transitar no banco traseiro da motocicleta ou congêneres e ainda, com proteção como capacete, botas e roupas adequadas.

Em relação às bicicletas, apesar de ser mais tolerante, requer cadeirinha dianteira ou traseira, com tamanho e resistência suficientes para proteger a criança, bem como capacete de tamanho e formas adequados para a criança. Ou seja, existe uma legislação para nortear pais e responsáveis nesse sentido.

Mas, infelizmente, não é o que se observa.

Outro dia, assisti de modo estarrecedor, uma criança de uns seis anos no banco de trás de uma “scooter” com o pai, que passara pelo corredor, em grande velocidade.

Na mesma semana, uma mãe com um bebê, 18 meses aparentemente, ambos em uma bicicleta. A criança com um capacete pesado e maior que sua cabeça, sem proteção das costas e cervical, chacoalhando o seguimento cefálico no percurso, ou seja, o cérebro ainda em desenvolvimento estava recebendo o impacto, devido o trajeto em terreno irregular.

Como Pediatra, fico associando isso a muitos problemas de ordem física e emocional, que podem advir de um evento como esses, ou até mesmo de um acidente.

Por isso, com o aumento do número de veículos, notoriamente motocicletas, o perigo só tende a aumentar, principalmente em datas festivas como o carnaval, que se aproxima. E as conseqüências, para uma família e, principalmente, para uma criança podem ser severas.

Entendo que as pessoas precisam locomover-se, mas colocar em risco uma criança é uma atitude repreensível. Aos pais cabe a proteção de seus filhos, isso é o mínimo que se deve fazer. Respeitem as leis de trânsito e ajudem as crianças a ultrapassarem a infância com segurança. É o mínimo que podemos desejar.

Dra. Marcia Aparecida Picolli – Médica Pediatra - Nutróloga e Hebiatra no CRSMCA-Mauá